domingo, 4 de janeiro de 2009

RIR AINDA É O MELHOR REMEDIO II

RIR AINDA É O MELHOR REMEDIO II
categorias: Crônicas

Ana Maria Guimarães Ferreira





No que dizia respeito às crianças nunca vi ninguém gostar tanto dos meus filhos.
Ela procurava ensinar ou transmitir tudo o que sabia e assim eu pude ver meus filhos aprendendo conjugações verbais inexistentes como– ponhei a mesa - particípio passado do verbo por; Lá se está .

Assisti assim o assassinato do nosso sofrido e querido português .

Em casa de estranhos, por incrível que pareça, Dilma ficava muito, muito, à vontade, até demais.
Um dia levei-a com as crianças na casa de uma amiga e quando a procurei ela estava estatelada no sofá da sala dormindo a sono solto enquanto minha filha cuidava dela.
Assim era a minha convivência com Dilma: um entra e sai de sucessos e fracassos.
Cheia de esforços e novidades
Se você disesse a ela :
-Não deixe ninguém entrar na casa.
Seria a sua desgraça!
Um dia cai na besteira de dizer que ela não deixasse ninguém entrar na casa.
Lògicamente que eu me referia a estranhos mas para Dilma não existia diferença :
-Ordem era ordem!
Cheguei a casa e me deparei com meu cunhado que freqüentava a casa diariamente, sentado na varanda esperando que eu chegasse, para que ele pudesse pegar o livro que eu tinha emprestado.

Aprendi assim que as ordens devem ser muito claras extremamente claras ... claras demais.


Mas aprendi que ninguém amou meus filhos tanto como Dilma: sem interesse, com fidelidade canina, bruta como um diamante não lapidado e que me trouxe tanta alegria na vida.

Com ela aprendi a rir das coisas mais sérias da vida!

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