AUTOCONFIANÇA
Ana Maria Guimarães Ferreira
Hoje resolvi escrever sobre a autoconfiança.
Estava relendo um livro que fala dos indios americanos e sua filosofia de vida suas crenças e seus valores e me deparei com o texto sobre a cesta de carga que era na verdade sobre a autoconfiança.
A simbologia é tão linda que me fez trazè-la para o meu blog pela simplicidade das explicações e pela grandiosidade do conteudo.
Vi o quanto tinhamos a aprender com os peles vermelhas....
Segundo os indios americanos de diferentes nações, a Cesta de Carga era usada pelas mulheres para carregar coisas que elas iam buscar no caminho: raízes, frutas e outras coisas mais.
Entretanto, elas nunca carregavam peso maior do que podiam suportar.
Quando chegavam em suas tendas, a cesta era colocada do lado de fora.
Qualquer pessoa que quisesse entrar naquela tenda - que representava o Espaço Sagrado da família - deveria deixar as suas queixas e seus problemas pessoais na Cesta de Carga, antes de entrar no Espaço Sagrado.
A cesta era um guardião para a tenda, para o Espaço Sagrado.
Para eles, saber viver o momento para tornar-se alguém bem vindo, exigia muita força de caráter, pois tinha que saber respeitar e ter consideração por esse Espaço antes de falar e agir.
As cestas representavam um equilíbrio.
Você tinha que ter consciência dos seus problemas pessoais, assumí-los sem jogar nas costas dos outros, a solução e o direcionamento que deveria dar a cada p´roblema.
Buscar sozinho as suas respostas, representava a maturidade e a autoconfiança.
As preocupações e os problemas deveriam ser levados às pessoas sábias da tribo e não ao Espaço Sagrado da família.
E quando você levava aos sábios da aldeia, isso já implicava em que a pessoa iria seguir ao pé da letra os conselhos que eram ditados pelos sabios.
Nós, brancos, quase sempre, pedimos muitos conselhos e quase nunca seguimos o que foi nos orientado.
A autoconfiança é voce saber o quanto é capaz de carregar de fardos nas suas costas, através do conhecimento de sua própria força física ou emocional.
Tem compaixão pelas outras pessoas, não quer dizer "carregar o problema delas como se fossem nossos!."
Saber a hora certa de falar com o outro sem aumentar ainda mais os problemas do outro com nossas queixas e reclamações é ter sensibilidade, é ter equilíbrio é ter autoconfiança!
Se voce tem confiança em voce mesmo, dificilmente ira buscar ajuda fora, pois com certeza já tem a resposta dentro de você mesmo.
Assim, só quando esgotar todas as tentaivas é que irá buscar lá fora.
Isso nos traz a alegria das realizações.
Saber que somos capazes. Saber que podemos encontrar a solução para os nossos problemas.
Quando encontramos as soluções, e as repostas, deixamos de ter problemas.
Ao confiarmos em nós, não jogaremos no outro a solução para nossos conflitos e queixas.
Se você não vai respeitar e obedecer os conselhos que lhe serão dados, nem seguir à risca o que lhe for orientado, para que desperdiçar o precioso tempo do outro:?
Na verdade, quando decidimos por alguém, privamos esse alguém de ter o direito a autoconfiança minando -o ,incutindo nele a idéia de que não é capaz de sozinho resolver suas coisas, seus problemas....
Ele passa a crer que nunca resolverá nada sem a ajuda de alguém.
Nunca devemos carregar como as indias, fardos maiores do que podemos carregar.
Quando achamos que podemos carregar todos os fardos do mundo , quando não conseguimos dizer não aos problemas alheios, quando permitimos e até incentivamos as pessoas , para que nos tragam mais problemas familiares para que possamos resolver, é hora de olhar para dentro , reexaminar melhor os nossos conceitos principalmente o de auto importância.
SERÁ QUE NÃO ESTAMOS ACHANDO QUE SOMOS OS MAIORES, OS MELHORES DO MUNDO , OS XAMÃS OU OS REIS DO UNIVERSO?.
segunda-feira, 5 de janeiro de 2009
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o livro q vc leu é de título : cartas do caminho sagrado? li esse mesmo ensinamento nele e estou fazendo uma cesta p colocar na entrada da minha casa!
ResponderExcluirAmiga!
ResponderExcluirEstava procurando o texto sobre as "Cestas de Carga" e me deparei com o teu Blog. Beleza! Parabéns!
Eu também sou uma mulher guerreira, já com quase 63 anos e que não desisti de ser feliz.
Bom conhecer teus textos. Já estás nos meus "Preferidos"!
Um beijo
Bia Pacheco