segunda-feira, 17 de agosto de 2009

O AEROPORTO E A GRIPE SUINA





Hoje fui ao Aeroporto em Brasília, receber minha irmã que vinha de Floripa onde estivera visitando netos e filho.
Quando cheguei estranhei o vazio pois normalmente o aeroporto em Brasília parece até o lugar de encontros e passeios. Todos gostam de ir levar e buscar parentes e amigos.
As crianças ficam sempre impacientes querendo entrar pela porta de saída dos passageiros, doidas para abraçar pais , avós e tios.
Dependuram-se no balaustre que separa os que vem dos que esperam. Correm. Brincam.
Madames com seus cachorrinhos nos braços fazem pose e esperam.
Mas o que mais estranhei foi a facilidade de achar no estacionamento vaga em local perto .Achei que era o meu anjo de guarda que me protegia.
Mas ai fui a cafeteria do andar térreo que sempre teve uma fila característica de quem toma seu cafezinho e aguarda e ela estava quieta, sem fila .... vazia.
Comprei meu cafezinho, sentei-me e fiquei esperando a hora do desembarque.
Comecei vendo os passageiros de um vôo anterior ao da minha irmã. As pessoas pareciam ter dificuldade de se abraçarem.
Um pouco distante um grupo de jovens de máscaras aguardava alguém. De repente um rapaz sai do desembarque e um grito de euforia sai das gargantas amordaçadas pelas mascaras....
- E ai doutor? .......como esta por lá a gripe suína?
Não ouvi a resposta do rapaz porque eles saíram aos risos e gritos ao lado do doutor......
Pensei na dificuldade que encontraria de me encostar no balaustre mas uma vez mais fiquei surpresa. As pessoas pareciam não querer colocar suas mãos ali. E ficavam perto porém sem encostarem nem um dedo ali.
Eu já tinha ido a toalete lavar as mãos depois de ter segurado no volante do meu carro.
E fiquei refletindo do porque deste vazio....seria o medo da gripe suína? Aglomeração, pessoas que vinham de lugares distantes e frios ou simplesmente coincidência:?
Na duvida, quando minha irmã chegou antes de abraçá-la e beijá-la e matar as saudades como bons brasileiros, ouvindo-a tossir ,perguntei-lhe de supetão:
- Febre? Dor de garganta? Problemas respiratórios?
E ela riu e disse não. Tosse só do cigarro.
E ai nos abraçamos, matamos a saudade e saímos do aeroporto de volta ao lar.....

3 comentários:

  1. Li, gostei, identifiquei-me. Sem febre e dor de garganta envio o meu abraço e o meu obrigado por estar presente como personagem de sua crônica.
    Myriam

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  2. E eu também, Myriam, por vc voltar livre da suína que anda por aí.
    Adorei a crônica.
    Essa escritora está dez, não, Myriam?
    bjs para as duas.
    Adir

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  3. Oi amiga querida,
    Vc recebeu hoje o selo Fique de olho nesse blog de Jorge do fazendo Arte (http://blogdojorge2.blogspot.com/
    Se decidir postá-lo aqui, vá lá no Fazendo Arte e confira as regras.
    abraços,
    Jorge

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