
Será que alguém viveu tão intensamente como minha mãe:
Dia 27 de junho de 2009 comemoraremos oitenta e oito anos de vida de minha mãe.
Quando falo assim, sem que as pessoas que lêem a conheçam com certeza, pensam e imaginam uma velhinha caquética, sentada numa cadeira de balanço, com um xale de crochê sobre os ombros e o rosto enrugado onde apenas um par de olhinhos sem brilho apareceria.
Imaginamos uma senhorinha meio surda, levemente esclerosada que diante de uma mesa de aniversario si quer sabe que estão comemorando o seu aniversario de oitenta e oito anos.
Mas não conhecem minha mãe; aqueles que a conhecem sabem bem do que estou falando. Alguém que ainda hoje cozinha, lava e passa que viaja sozinha de encontro aos netos, Que não falta a um casamento dos netos, aos nascimentos dos bisnetos e com esforço as formaturas.
Que faz suas palavras cruzadas, que da respostas ao Silvio Santos, no seu programa na TV, que faz bolsas de crochê para as filhas, que inventa, acrescenta e constrói.
Que criou netos e ate hoje supervisiona tudo.
Que toma conta dos filhos que não tivera a sorte de se darem bem na vida, que ajuda a todos os vizinhos, parentes e aderentes.
Que cede suas horas para ouvir as tristezas alheias e tem sempre um sorriso franco e uma resposta para tudo.
Que abençoa e nunca amaldiçoa
Que se dá por inteira e nunca aos pedaços.
Que suplanta as dores físicas sem alarde.
As dores da alma em silencio
Uma mulher guerreira que ensinou-nos a difícil arte de amar.
Que amou intensamente uma única pessoa com a qual se casou – meu pai
Que nos amou aos cinco filhos, que teve doçura e paciência conosco e com nossos filhos.
Que onde quer que vá constrói amigos, pessoas que a amam e que querem curtir momentos com ela.
Essa é minha mãe, mas na verdade é mais do que isso – é a grande amiga de todos
Sua pele é doce e suave e suas rugas são imaginárias ninguém as vê.
Seus cabelos teimosos nunca ficam brancos
Seu corpo ereto nunca se curva nem para a idade nem para os problemas da vida
Suas mãos nunca se cansam de oferecer apoio, amor e carinho.
Sua paciência foi a de Jô que Deus deixou de herança para ela
Ate seu nome parece ser feito para ela – DIVA nunca conheci outra mulher com esse nome acho que ninguém merecia esse nome a não ser ela.
E agora dia 27 todos estaremos presentes nesse reviver, nesse aniversario da Diva a Guerreira, a Mulher mãe, a Irmã, a Amiga, a Avó ardorosa, a Bisa.
Com certeza nossos desejos serão unânimes – Que Deus nos perdoe o egoísmo, mas queremos que ela comemore conosco muitos outros aniversários e que possamos sempre estar perto para aprender um pouco mais de como viver a vida dessa forma doce e forte, corajosa e honesta, leal e amiga.
PARABENS MAMAE – NOS TE AMAMOS