terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Fronteiras do meu ser

Nos limites de minha vida
Nas fronteiras da minha alma
Nos domínios do meu corpo
Elas estavam ali
Onde antes não estavam

Percebi linhas que demarcavam
Minha vida - rugas
Estavam estabelecendo uma fronteira do que fui
Com o que sou
Terras desconhecidas
Ate mesmo por mim
Busquei no mapa dos anos
O marco inicial desta certeza
E perplexa, cabisbaixa,
Entorpecida
Descobri que não sabia precisar
Quando as rugas que marcavam minha face
Começaram a surgir
Começaram a me marcar
Mas que cada uma delas
Tinha uma razão de existir
Rugas de velhice
Rugas de emoção
Rugas de preocupação
Rugas da ingratidão
Da solidao
Rugas de saudade
Da idade
Da mocidade que foi
Rugas da perplexidade
Da fronteira do ser e do não ser
Do estar e já ter ido
Do sonhar sem ter dormido
De um amor esquecido
De uma dor tão sentida
Da alegria perdida
Da idade escondida

Fronteiras que delimitam
Tudo que já vivi
Fronteiras de amor e gloria
Do que eu sobrevivi

Ana Maria

Um comentário:

  1. Uau!
    Amei!
    Sua veia poética está cada vez, mais cada vez!
    Beijinhos,
    Adir e Jorge

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